VÍCIO

Todo vício, tem um início.
Mesmo no começo, para sair é difícil.
Meu vício é natural e não está me fazendo mal.
Não consigo tirar da cabeça, ninguém comanda... Ananda.
Começou como na maioria dos casos
Mesmo sem experimentar eu já tinha gostado
Não tinha me aproximado, mas logo, por amigos fomos apresentados.
Desse momento pra frente, entrou e não saiu mais da mente;
Primeiro entrou pelos olhos, chegou até a boca trazendo uma vontade louca;
Passou pela mente e foi chegar justamente onde não tive reação... o coração.
O vício tira o sono, mas faz sonhar, deixa cego mas não paro de olhar;
O vício é engraçado mesmo, nos faz rir e trás uma sensação sem igual;
Se faz presente mesmo ausente, entra e não sai... ai, ai, ai !
Eu não preciso de cuidados especiais, só quero usar cada vez mais;
Acho que ainda não é grave, mas também não quero já me curar;
Só quero a mão, o braço, a harmonia e tudo para poder me segurar;
Quero ser a doença e ter por perto a cura, e ser a cura para o que você tiver;
Receber e dar a sensação de mente tranqüila e aceleração do coração.
O vício começou na rua, começou numa festa, começou num bar;
Passou por lugares públicos, com som alto e não sei mais por onde vai passar;
Chegou onde não tinha som, dentro de um carro, de clima muito bom;
O vício é assim, vicia. Ao contrário de alguns, não me faz esquecer;
Nunca fui viciado, posso até estar errado, mas meu vício está sendo você.

FF

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