FREEZE

E derrepente tudo parou !
O vento, parou de soprar;
O pássaro, parou de cantar;
O sino, parou de soar;
E a bola, parou no ar.

Ninguém entendeu. Nem eu !
A paisagem, perdeu a riqueza;
Sem som, calou-se a natureza;
Sem o sino, sumiu a igreja;
Sem emoção, o jogo perdeu a beleza.

Só as dúvidas pairavam no ar :
O vento fez a curva e sumiu ?
O pássaro fez o ninho e partiu ?
O sino não agüentou e caiu ?
A bola não quis mais jogar e saiu ?

Depois de muito esperar :
O vento soprar;
O pássaro voltar;
O sino, alguém consertar;
E a bola, tornar a rolar;
Tudo ainda continua no mesmo lugar.

Ninguém é culpado;
Nada é totalmente certo ou errado;
O vento suave não quis mais a comparação com o furacão;
O pássaro, simples e lindo, não quis mais a pressão de ter que ser um Falcão;
O sino, aguardado por muitos irmãos, perdeu a fé na oração;
A bola, se sentiu mais livre no ar, e não quer mais o chão.

As coisas acontecem naturalmente;
As hipóteses de terem acabado, são criadas por nossas mentes;
Mas as verdades dos fatos, não mentem.
Se alguma coisa acabou ou parou, siga em frente;
A verdade mesmo, é que nada é para sempre.

Eu não paro, quem para é o vento;
Produzo o meu, com meus movimentos.

Os pássaros pararam, mas eu continuo cantando;
Cantando e andando, as coisas ruins, vou afastando.

Os sinos pararam, mas não a minha fé;
Agradecendo, sentindo meu vento, sigo em frente, mesmo a pé.

A bola parou, mas o jogo ainda não;
Vou caminhando, perdendo e ganhando mas sempre somando com meus pés no chão.

FF

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